Sempre acreditei que
coincidências não existem, mas ultimamente começo a ter dúvidas quanto a isso. Comecei
a desconfiar disso a partir da dificuldade que alguns alunos apresentaram ao
desenvolver a identidade visual para uma empresa.
Em geral parte dos alunos
acredita que desenvolver uma identidade visual é apenas trabalhar com a criação
de uma marca bem resolvida esteticamente e com uma boa solução de aplicação nos
mais variados meios. A dificuldade está em compreender o conceito como sendo a
ideia central, a essência, que permeia toda a identidade do cliente ou do
produto, e que o processo criativo tem por missão identificar isso.
Até ai tudo bem, aliás, ter
dúvidas é uma das características do processo de aprendizado.
Mas a constância com que me
deparo com pérolas gráficas criadas por “profissionais” atuantes no mercado
mostram que as dificuldades são as mesmas apresentadas pelos alunos.
Uma simples busca na internet ou
em materiais impressos à nossa volta, pode comprovar essa carência de conceito.
Coloco aqui alguns exemplos, até certo ponto bizarros, de projetos com uma
solução totalmente infeliz, seja no que se refere ao conceito ou mesmo na
solução gráfica oferecida.
Ao ver isso me recordo de uma
palestra que assiste quando era aluno de Design, há uns 20 anos aproximadamente,
do Alexandre Wollner. Nesta aula aprendi a importância do conceito e como ele
deve embasar e estruturar todo o processo criativo, e pude comprovar a sua
aplicabilidade na marca desenvolvida para a Eucatex em 1967.
Vale a pena observar como cada detalhe
é projetado para representar a essência da marca, isso vale como uma lição para
toda a vida profissional. Nada deve ser colocado de maneira aleatória e sem
conexão com o todo.
Quem dera um dia todos pudéssemos
ter um pouco dessa originalidade e coerência, assim o mercado seria mais justo e não
encontraríamos logotipos sendo feitos aos montes em uma linha de produção em
série e em troca de alguns míseros trocados.
Até mais.
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