Uma das primeiras e mais importantes lições que tive na vida profissional foi perceber que o Design é uma solução completa e abrangente do processo criativo. Essas lembranças vieram à tona quando li a biografia de Steve Jobs, que relata entre outras coisas a preocupação constante com o Design nos produtos desenvolvidos pela Apple. Logo volto a falar mais disso.
Muitos profissionais, inclusive eu, já passaram pela triste
experiência de ser procurados por um cliente para fazer uma “pequena
intervenção” em um projeto já existente. Certo dia a Diretora de Arte de uma
editora especializada em livros didáticos me solicitou um projeto gráfico para
um livro que já estava na fase de arte-final: a casa começou a ser construída
pelo telhado.
Foram desconsideradas, neste caso, informações que embasariam o processo criativo ou que deveriam ser tomadas pelo Designer, como por exemplo: público-alvo, formato, tiragem, suporte
gráfico, sistema de impressão e etc. Ao agir assim esta editora privilegiou a arte-final e relegou o processo de criação a um segundo plano.
No contato que tive com a criação publicitária aprendi na
prática o que só de relance vi na faculdade: utilizar o Briefing como ferramenta
capaz de oferecer as informações necessárias para criar projetos gráficos com
unidade conceitual e gráfica.
Steve Jobs, fundador da Apple, acreditava que software e
hardware deveriam fazer parte de um conjunto harmônico e único, concepção essa
totalmente contrária à tendência de parte do mercado de fazer do Design a “maquiagem”
do projeto. Essa preocupação e a forte personalidade de Steve Jobs fizeram dos
produtos da Apple verdadeiros ícones de Design e eficiência. Só um detalhe:
Jobs não era Designer.
A intenção deste post não é falar bem da Apple ou do Steve
Jobs, mas sim ressaltar o papel do Design como uma solução criativa e
conceitual completa, e não um mero exercício estético. Para isso devemos
utilizar ferramentas vindas de qualquer área, além de uma boa dose de bom senso
e criatividade.
Até mais.
O Design é uma das mais importantes etapas do processo criativo, afinal é o visual do projeto, seja lá qual for. Para produzir um desing que supra as necessidades do cliente, não tem como fugir das etapas do briefing, pensar somente em "fica bonitinho" é um tiro no pé.
ResponderExcluirEu geralmente recuso trabalhos que já foram iniciados por outro profissional, não por ego, mas por linha criativa, no final de tudo acaba dando mais trabalho alterar tudo do que partir do zero.
Valeu Beto, parabéns pelo blog e pelo post!
Gledson
Olá Glédson, seria ótimo se o mercado trabalhasse sempre assim.
ResponderExcluirQuem sabe um dia conseguimos.
Obrigado